Movimentações suspeitas de Deolane e Família via Pix

Movimentações suspeitas de Deolane envolvem mais de R$ 7,9 milhões e 1.180 transações via Pix

As movimentações suspeitas de Deolane Bezerra e sua família estão sob intensa investigação. Movimentações financeiras, que somam R$ 7,9 milhões e ocorreram por meio de 1.180 transações via Pix em menos de seis meses, desencadearam o encerramento das contas bancárias de diversos membros da família. O volume dessas movimentações e sua incompatibilidade com as rendas declaradas levantaram sinais de alerta para as autoridades financeiras e policiais.

Investigações sobre a família Bezerra

As movimentações financeiras de altos valores nas contas de membros da família Bezerra, liderada pela influenciadora Deolane Bezerra, são o centro da investigação conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco. A suspeita é de que as contas da mãe, do filho e da irmã de Deolane estariam envolvidas em esquemas de lavagem de dinheiro.

As movimentações suspeitas de Deolane começaram a ser investigadas após o encerramento das contas bancárias em novembro de 2023. Segundo o inquérito, as movimentações totalizaram R$ 7,9 milhões através de mais de 1.180 transações via Pix. Essas transações levantaram suspeitas devido à incompatibilidade com as rendas declaradas, o que chamou a atenção dos bancos e da Polícia Civil, culminando na Operação Integration.

O inquérito da Operação Integration — Foto: reprodução

Mãe de Deolane e suas transações

Um dos alvos da investigação foi Solange Alves Bezerra Santos, de 55 anos, mãe de Deolane. Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, Solange movimentou cerca de R$ 478 mil, sendo que sua renda presumida era de apenas R$ 10 mil por mês. Das transações analisadas, uma parcela significativa envolvia empresas suspeitas, como a Pay Brokers Cobrança e Serviço, que também está sendo investigada. Essas movimentações irregulares são consideradas parte do esquema de lavagem de dinheiro que envolve a família Bezerra.

Filho de Deolane e o volume de transferências

O filho de Deolane, de apenas 17 anos, também teve suas movimentações bancárias investigadas. Sua renda mensal era de apenas R$ 2 mil, no entanto, ele movimentou mais de R$ 1,3 milhão em sua conta bancária no período analisado. Grande parte desse montante foi transferida via Pix, em um total de 380 transações. As movimentações realizadas na conta do adolescente foram consideradas incompatíveis com sua renda declarada, levando à suspeita de que a conta estivesse sendo usada para outros fins.

A irmã e a tentativa de saque milionário

O caso que levou à descoberta de todo o esquema foi a tentativa de saque de R$ 2 milhões por parte de Dayanne Bezerra Santos, irmã caçula de Deolane. Dayanne tentou sacar a quantia em espécie para a compra de um imóvel em São Paulo, o que fez com que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) fosse alertado. A renda de Dayanne era de apenas R$ 21 mil mensais, e o saque foi considerado incompatível com suas finanças. Esse movimento bancário levou ao cancelamento das contas de Dayanne e à investigação mais aprofundada do restante da família.

Consequências e desdobramentos

As movimentações suspeitas de Deolane e de sua família continuam a ser investigadas pelas autoridades. O inquérito apontou que a influenciadora teria utilizado as contas bancárias de seus familiares, incluindo a de seu filho menor de idade, para realizar transferências ilícitas e esconder as verdadeiras origens dos recursos. A Polícia Civil está investigando a ligação dessas movimentações com possíveis esquemas de lavagem de dinheiro.

A complexidade e o volume dessas movimentações, todas realizadas por meio de transferências Pix, levantam questões sobre o uso do sistema bancário para atividades ilegais. O caso continua em andamento, e novas descobertas podem emergir conforme as investigações avançam.

Com as movimentações financeiras de Deolane Bezerra e sua família sob os holofotes, o caso serve como um lembrete da importância de práticas financeiras transparentes e do monitoramento rigoroso por parte das instituições bancárias e reguladoras.

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